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Memorias

15 février 2011

Dia 3 Quando nasci não vivia ainda no Bairro Alto

Dia 3

Quando nasci não vivia ainda no Bairro Alto vivia em Odivelas na rua do Café Bons Dias um local ainda hoje conhecido pelo mesmo nome. Nessa altura a vida era bem mais dura e muito diferente do dias de hoje e Odivelas era apenas um vilarejo fora de Lisboa com meia duzia de ruas e casas, os meus Pais por uma questão econòmica vivam na mesma casa que os meus Tios. Naquela altura era muito comum as familias partilharem as casa sobretudo se eram grandes como aquela era.

Assim quando cheguei da maternidade passei a partilhar a casa com a minha Mãe e o meu Pai, claro, mas também com o irmão do meu Pai o meu Tio Fernando e a mulher dele a minha Tia Isaura. Curiosamente a memòria tem destas coisas pois existia também jà na altura um coisa de quatro patas peluda e muito meiguinha que tomava conta de mim como um verdadeiro cão de guarda sendo apenas um rafeiro que viva là em casa trazido da rua pela minha Tia Isaura, chamava-se Mirone o meu querido cão, meigo e brincalhão mas muito atento e de dentes afiados para quem se aproximasse do meu berço, segundo conta a minha Mãe sò ela ou o meu Pai tinham direito a chegar junto de mim sem contestações, a minha Mãe costumava molhar-me a chucha no açucar e o Mirone gostava de partilhar esse momento comigo era uma chucha a 2 tempos quando eu a deixava cair o Mirone aproveitava, uma parceria que funcionava muito bem.

O meu cão (que afinal no era meu) salvou-me de morrer asfixiada e por isso creio que ele ficou sempre na minha memòria apesar de ser tão pequena na altura, bem quando o episòdio aconteceu eu era ainda bébé e claro que não me lembro de todo desse momento o que sei é pelo que empre contaram a minha Mãe e as minhas Tias.

Sei que acordei a minha Mãe não estava em casa e estava sò com a minha Tia Isaura, o meu quarto, que era o mesmo dos meus Pais ficava no fundo do corredor e a minha Tia estava na cozinha ao tanque a lavar roupa, ao acordar sendo jà uma criança cheia de vida e traquina começei a dar às pernas e foi muito ràpido até ter puxado a roupa toda para o meu rosto tapando-o por completo de tal forma que me começei a sufocar o Mirone que estava ao lado do berço deitado percebeu por certo que algo não estava bem e começou a ladrar desenfreadamente na porta do quarto como que a chamar a atenção da minha Tia, esta ocupada como estava mandava-o calar pois nem sequer lhe ocorria que todo aquele barulho era porque eu estava em perigo, felizmente a minha Mãe voltou da rua e vendo o Mirone tão enervado a correr e a ladrar ao longo do corredor dirigiu-se ao quarto e viu-me jà roxa e quase sem respirar, foi a minha salvação!

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15 février 2011

Idas à praia!

Dia 2

Das nossas idas à praia da Torre lembro-me que existia um café com uma escada onde por vezes o meu Pai e o meu Tio iam beber uma cerveja lembro-me da minha Mãe por vezes ir com eles para ouvir a musica que passava na ràdio e de a ver com o seu biquini muito magra e bonita a sorrir e a cantalorar, a minha Mãe sempre gostou de cantar.

Uma das cenas que mais recordo com saudade era dos fins de tarde de verão em que ficàvamos na praia até ao por-do-sol quando a maré subia até às barracas que tinham jà as lonas levantadas para não se molharem e jà não havia quase ninguem na praia  mas, haviamos nòs as gaivotas e nessa altura ainda me lembro de ver a minha avò Felicidade molhar os pés nas ondas que lambiam aos poucos a areia agarrando o vestido para não se molhar e o meu avo João sentado num caixote de madeira a conversar com o filho (meu Pai) e o meu Tio Bibi enquanto fumava o seu cigarro e sorria ao ver as brincadeiras das netas. A minha Mãe por vezes jogava ao ringue com as minhas Tias e todos voltàvamos para casa contentes e cansados mas eram dias fantàsticos em familia e eu recordo com muita saudade.

1 février 2011

Dia 1 2011 Lembro-me de acordar muito cedo

Dia 1 2011

Lembro-me de acordar muito cedo naquele tempo e ficar rabugenta mas logo que ouvia a minha Mãe dizer: -Vamos prà praia lembras-te? Os tios vem buscar-nos e se nos atrasamos o tio vai ralhar!

Saltava da cama e começava a vestir-me e a fazer perguntas baixinho à minha Mãe sobre o que iriamos fazer na praia, depois vinha prà sala pra comer e as janelas jà abertas deixavam ouvir uma voz cristalina que ecoava pelo bairro e gritava:

- Quem quer figos quem quer almoçar? 

Rua acima rua abaixo ora mais perto ora mais longe e o sol muito brilhante entrava pela minha Travessa e anunciava um dia esplendido de praia e calor é uma imagem que guardo dentro das minhas memòrias de infancia, nesse tempo o meu bairro era um lugar limpo e bonito para se viver. 

 

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